Lembra que em um dos nossos primeiros vídeos de 2023, sobre os principais avanços da tecnologia para este ano, falamos para você ficar de olho nas novidades do Telescópio Espacial James Webb? Pois bem, astrônomos que utilizam o observatório espacial acabam de revelar uma surpreendente descoberta que, de acordo com eles, pode mudar tudo o que sabemos sobre o Big Bang. Confira!
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00:00 Entenda o problema
01:47 Introdução
03:30 O que era esperado
05:20 James Webb
07:00 O que foi descoberto
08:10 Astrofísica Roberta Duarte
11:40 Resumo
12:40 Encerramento
CRÉDITOS
Apresentação e roteiro: Felipe Payão
Imagens: Felipe Oliveira e Derek Keller
Produção: Pedro Castro e Diana Pordeus
Edição de vídeo: Ren
Arte da thumb: Gio Carvalho
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#espaço #jameswebb #bigbang
James Webb descobriu galáxias mais antigas
que o universo? Lembra que em um dos nossos primeiros vídeos
de 2023, sobre os principais avanços da tecnologia Para este ano, falamos para você ficar de
olho nas novidades do Telescópio Espacial James Webb? Pois bem, astrônomos que utilizam o observatório
espacial acabam de revelar uma surpreendente Descoberta que, de acordo com eles, pode mudar
tudo o que sabemos sobre o Big Bang. Conduzido por cientistas da Universidade Estadual
da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e contando Com a presença de especialistas de outras
instituições americanas e europeias, o estudo Publicado na revista Nature, no dia 22 de
fevereiro, levou os participantes a uma jornada Rumo aos primeiros dias do universo, algo
que o poderoso equipamento lançado no final De 2021 é capaz de fazer. E o resultado foi a descoberta de algo inesperado,
capaz de contrariar as teorias existentes Sobre as origens das galáxias. Segundo o artigo, os astrônomos encontraram
“galáxias que não deveriam existir”. Teoricamente, não era para elas estarem ali,
ou pelo menos da forma como foram encontradas. Os especialistas esperavam visualizar objetos
muito menores e bem mais jovens, mas o que Viram conflita com quase todos os principais
modelos astronômicos atualmente aceitos. Afinal, o que foi que os cientistas envolvidos
no projeto descobriram? Por que os resultados da pesquisa podem mudar
as teorias sobre as origens do universo? O que são as primeiras galáxias e qual a
importância delas? As respostas a estas e outras perguntas estão
nesta edição do TecDocs, que abordará as Descobertas mais recentes do Telescópio James
Webb! O que é o Big Bang? Olá, amigas e amigos, eu sou o Felipe Payão,
editor do TecMundo. No programa de hoje, vamos falar sobre o estudo
da equipe de pesquisadores internacionais Que deixou os astrônomos de todo o mundo
ainda mais instigados a respeito das origens Do universo. Continue assistindo para mais detalhes! Antes de mais nada, você sabe o que é o
Big Bang? Não estamos falando daquela famosa série
encerrada em 2019 e sim de um conceito importante Para entender as descobertas desta pesquisa. Trata-se de uma das teorias mais aceitas pela
comunidade científica a respeito da origem Do universo, partindo da ideia de que tudo
iniciou com uma grande explosão ocorrida Há cerca de 13,8 bilhões de anos.
A partir de um pequeno ponto material quente
e extremamente denso, que consistia em um Aglomerado de partículas, o universo teria
começado a se expandir e se esticar após A explosão. Este processo, iniciado depois da Era das
Trevas, chamada assim devido à falta de luz, Deu origem a novos grupos que, mais tarde,
se tornaram as primeiras estrelas e as primeiras Galáxias, entre outros tipos de objetos. Os astrônomos que participaram da pesquisa
estavam de olho nestas primeiras galáxias Mencionadas na teoria do Big Bang. Para tanto, eles realizaram uma análise bastante
detalhada das primeiras imagens de alta resolução Feitas pelo telescópio logo após ele iniciar
os trabalhos, que foram disponibilizadas em Julho do ano passado. Ao se debruçarem sobre os registros do equipamento,
que eram como uma espécie de fotografia do Universo quando ele tinha entre 500 milhões
e 700 milhões de anos, ou cerca de apenas 3% da sua idade atual, os cientistas esperavam
encontrar galáxias pequenas, jovens e bebês, Com base na teoria desenvolvida a partir dos
estudos do cientista belga Georges Lemaître E das observações do astrônomo Edwin Hubble. No entanto, os pesquisadores encontraram algo
totalmente diferente do que previam os modelos Convencionais. O que foi descoberto? De acordo com o professor assistente de astronomia
e astrofísica da Universidade Estadual da Pensilvânia, Joel Leja, as imagens analisadas
mostraram seis galáxias primitivas massivas Que podem derrubar todas as teorias anteriores
sobre as origens das galáxias. As características destes objetos deixaram
os especialistas totalmente surpresos. Líder da equipe que participou do estudo,
Leja explicou que as primeiras galáxias descobertas Na análise “eram muito mais massivas do
que o esperado”, além de se apresentarem Tão maduras quanto a nossa Via Láctea no
momento entendido como o alvorecer do universo. Isso é o suficiente para se diferenciar de
99% dos modelos de cosmologia convencionalmente Adotados, além de entrar em conflito com
as observações feitas por meio do telescópio Espacial Hubble, em funcionamento desde 1990. Em geral, as estrelas jovens apresentam um
brilho azul que, com o passar do tempo, se Torna avermelhado, devido à queima de sua
fonte de energia e ao esfriamento. Mas o que eles viram foram estrelas vermelhas
bem mais velhas e galáxias tão massivas Quanto o equivalente a 1 bilhão de sóis. Cabe destacar que as imagens coloridas utilizadas
nesta pesquisa foram feitas por instrumentos
De detecção de infravermelho com capacidade
de registrar a luz emitida pelas estrelas E galáxias mais antigas. Desenvolvido em conjunto pela NASA, a Agência
Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA), o James Webb foi projetado
para permitir observar o início do universo, Aprimorando as observações do Hubble. Eram mesmo galáxias? Ao olhar o material disponibilizado pelas
agências espaciais em meados de 2022, a surpresa Foi tanta que os astrônomos chegaram a pensar
que estavam diante de outros objetos que não As primeiras galáxias. Embora os dados analisados indiquem realmente
se tratar delas, há a possibilidade de que O equipamento tenha registrado buracos negros
supermassivos obscurecidos, por exemplo, ou Outras coisas. Diante disso, a equipe realizou novas análises
das imagens do James Webb, em busca de possíveis Erros que pudessem ter sido cometidos na investigação
inicial. No entanto, as revisões terminaram com o
mesmo resultado original, ou seja, eles continuam A visualizar o que pode ter sido as primeiras
galáxias do universo. Segundo Leja, uma forma de confirmar a descoberta
e eliminar qualquer tipo de dúvida é obter Uma imagem do espectro das galáxias massivas. Os dados fornecidos pela tecnologia permitem
verificar as distâncias reais, a presença De gases e outros componentes presentes na
formação dos objetos observados. Com estas informações em mãos, a equipe
é capaz de modelar uma imagem mais clara Das galáxias e descobrir quão massivas elas
eram. Independente destas dúvidas, a quantidade
de massa observada significa que a massa conhecida Nas estrelas existentes no período de nascimento
do universo é pelo menos 100 vezes maior Do que os astrônomos pensavam. O professor explica ainda que a diferença
continua enorme mesmo se a amostra estudada For cortada pela metade. Perguntas sem respostas
E agora, as teorias relacionadas ao Big Bang Terão que ser reescritas, após a mais recente
descoberta do Telescópio Espacial James Webb? A história não é bem assim, apesar deste
estudo ter levantado uma série de dúvidas E feito especialistas começarem a questionar
os antigos modelos, logo após a sua publicação. No artigo, os autores afirmaram que os objetos
descobertos, informalmente denominados por Eles como “disjuntores do universo”, criaram
um grande problema para a ciência ao colocarem Em dúvida o que se sabe sobre a formação
inicial do cosmos, dando a entender que a
Formação massiva das galáxias começou
extremamente cedo na história do universo. Mas isso não significa que o Big Bang não
existiu ou que estas galáxias seriam “mais Velhas que o universo”, como algumas pessoas
afirmaram nos últimos dias. Observações feitas a partir de outros equipamentos
mais sensíveis que a tecnologia presente No James Webb trazem indícios suficientes
para garantir que a grande explosão formadora Do universo realmente aconteceu, como ressaltou
a astrofísica Roberta Duarte em seu perfil No Twitter. O que a descoberta questiona, na verdade,
é a ideia de formação de galáxias aceita No momento, conforme a especialista, sendo
necessário realizar estudos ainda mais profundos A respeito das origens de objetos como a Via
Láctea, galáxia em forma de espiral da qual O Sistema Solar faz parte, cuja idade é estimada
em 13 bilhões de anos, tendo surgido algumas Centenas de milhões de anos após a formação
do universo. Pensamento semelhante é apresentado pelo
líder da pesquisa. De acordo com Leja, o tamanho massivo das
galáxias registrado pelo telescópio exige Que os modelos de cosmologia sejam revistos,
assim como a compreensão sobre a formação De galáxias nos primeiros anos de existência
do universo. O pesquisador também destacou que, entre
todas as coisas que esperava aprender com Os dados fornecidos pelo James Webb, a origem
das galáxias não estava nem perto do topo Da lista. Finalizamos mais uma edição do TecDocs,
depois de detalhar a descoberta do Telescópio James Webb que movimentou a comunidade científica
nos últimos dias e pode levar a importantes Revisões em teorias clássicas, trazendo
novidades sobre o que aconteceu no universo Quando ele ainda era bem jovem. Dessa forma, agradecemos pela sua companhia
em mais um programa produzido pela equipe Do TecMundo! Ah, antes de sair, não se esqueça de dar
aquela curtida e de compartilhar o vídeo Com os amigos que se interessam pelos mistérios
da astronomia. Aproveite também para deixar a sua opinião
sobre o assunto, sugerir pautas e se inscrever No canal do TecMundo no YouTube, ativando
o sininho para receber as notificações. Eu fico por aqui e aguardo vocês na próxima
edição, um grande abraço!