Até o Linux vai ter uma tela azul da morte

Até o Linux vai ter uma tela azul da morte (imagem: reprodução/freeimageslive.co.uk)
Até o Linux vai ter uma tela azul da morte (imagem: reprodução/freeimageslive.co.uk)

A malfadada “tela azul da morte” do Windows, também conhecida pela sigla em inglês BSOD, chegou ao universo do Linux. A versão 255 do systemd, componente utilizado em muitas distribuições para inicializar recursos do sistema operacional, introduziu uma função que exibe uma tela do tipo quando um erro crítico acontece.

Soa como algo indesejado, talvez até vergonhoso. Mas a novidade tem uma razão de existir. Os desenvolvedores do systemd esperam que, com o systemd-bsod, como o recurso foi batizado, fique mais fácil para usuários e profissionais de TI identificarem e corrigirem problemas que impedem o funcionamento do sistema operacional.

Como funciona a “tela azul” do systemd?

O Phoronix relata que o systemd-bsod foi desenvolvido para exibir uma mensagem de erro em tela cheia sempre que houver uma falha de inicialização de nível “LOG_EMERG”, que ocorre quando todos os processos são prejudicados, impedindo o funcionamento do sistema operacional.

Além da mensagem de erro que descreve o problema, o systemd-bsod exibe um QR code que permite ao usuário ou administrador obter mais informações sobre o erro, a exemplo do que acontece na tela azul dos Windows 10 e 11.

Tela azul da morte do Windows (imagem: reprodução/Microsoft)
Tela azul da morte do Windows (imagem: reprodução/Microsoft)

Em breve na sua distribuição Linux — ou não

No atual estágio, o systemd-bsod é um componente em teste e “sujeito a alterações”, de acordo com os desenvolvedores. A sua implementação definitiva depende de fatores como viabilidade técnica e experiência da comunidade com o recurso.

Mas as chances de a novidade ser amplamente adotada são grandes. Primeiro porque a “tela azul da morte” tem o propósito de facilitar a resolução de um problema crítico. Segundo porque o systemd é implementado em várias distribuições Linux renomadas, como Ubuntu, Fedora, Debian e Arch.

A razão dessa popularidade está no fato de o systemd ser um gerenciador de sistemas e serviços bastante versátil. O componente oferece inicialização paralela de serviços, ativação sob demanda de daemons (recursos que rodam em segundo plano), rastreamentos de processos, entre outras funcionalidades.

Além do systemd-bsod, o systemd 255 traz recursos que aprimoram o uso de TPM em ambientes Linux, novas teclas de atalho para reinicialização ou desligamento do sistema no menu de inicialização, suporte a hibernação em sistemas de arquivos btrfs, entre outros atributos.

Até o Linux vai ter uma tela azul da morte



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